Publicado em: http://www.mundopm.com.br/noticia.jsp?id=272
Desde meados de 2004, quando entrei em contato pela primeira vez com o universo do Gerenciamento de Projetos, passei a observar que planejar é a palavra chave para se obter o sucesso no gerenciamento de um projeto. Sucesso este a que me refiro à velha conhecida combinação de três elementos fundamentais em um projeto: escopo, prazo e custo.
Todavia, com o advento de tecnologias que auxiliem cada vez mais este exercício de planejar um projeto, com sistemas e ferramentas cada vez mais poderosas, juntando a isso profissionais cada vez mais bem preparados (tendo como referência o número de profissionais certificados como Project Management Professionals pelo PMI – esta já está em as 4 certificações mais procuradas e valorizadas em todo o mundo), fica evidente que os resultados esperados com toda esta combinação, não vem correspondendo à altura o que de fato esperam os executivos das grandes corporações.
A pergunta que paira no ar é: Porque empresas que já adotaram todas estas práticas ainda não conseguiram alavancar os resultados com os projetos, e nem que estes tenham sido executados de forma bem sucedida?
Esta pergunta poderia ser respondida sob diversos aspectos, mas focarei esta no seguinte aspecto: a escolha do Gerente do Projeto deve ser respaldada pela sua experiência e conhecimentos técnicos ou de gestão de projetos?
É notoriamente sabido, e muito bem difundido pelo PMI que com o passar dos anos, o perfil do Gerente de Projeto ideal foi sendo moldado de acordo com os avanços desta ciência, e que um gestor de projetos deve possuir dentre suas competências para exercer esta função, 20% de conhecimento técnico e 80% de conhecimento de gestão de projetos.
Contudo, na prática observa-se que as empresas não estão convencidas ainda por esta máxima, e delegam a liderança de grandes projetos para excelentes técnicos, que nem sempre detêm o conhecimento necessários sobre gestão de projetos. Esta situação, acarreta na grande maioria das vezes em soluções caras e nem sempre tão bem planejadas, gerando sucessivas alterações de escopo, descolamentos de prazo e custo, problemas com stakeholders (que muitas das vezes nem são envolvidos), enfim, gerando projetos mal sucedidos.
Ainda não está claro para a maioria das pessoas e empresas, que gerenciar um projeto não é ser Doutor na área em que o mesmo está inserido (TI, engenharia, etc), mas sim ter a habilidade e a competências necessárias para conduzir de forma coordenada e sinérgica todos os elementos que estão inseridos neste processo (que vão inclusive além das 9 áreas de conhecimento, pois passam por exemplo por ter visão estratégica da empresa e do contexto onde o projeto está inserido).
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