quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Projetos Necessários



Projetos falham, e com frequência.  Recentemente vi em estudo que dizia que apenas 34% dos projetos nos Estados Unidos foram considerados um sucesso (perdi a fonte, mas lembro do número).  As causas para o fracasso são diversas, mas uma é frequente:  o projeto não atende a uma necessidade real da empresa.


Todo projeto deve ser gerado a partir de uma necessidade organizacional real.  Infelizmente nem sempre isto é feito.  Idéias megalômanas, desejos excêntricos, preguiça ou incompetência na pré-avaliação de projetos, sede de poder e outras bizarrices organizacionais geram projetos sem pé nem cabeça, que nascem destinados ao fracasso.

É aí que entra o Gerente de Projeto.   Qual gerente quer se envolver em projetos que darão de cara na parede?  Talvez muitos… e certamente porque se sentem tímidos para criticar projetos, não querem fugir do desafio ou desejam ficar bem com o patrocinador do projeto.


No entanto, o Gerente de Projeto deve avaliar bem sua participação em projetos não alinhados com as necessidades da empresa.  Projetos deste tipo podem manchar o currículo do Gerente, e deixá-lo em um beco sem saída, já que não é incomum ver projetos mantidos em estado moribundo…  não morre, mas também não recebe recursos para viver bem.

Cabe ao Gerente de Projetos fazer uma pré-avaliação do projeto para orientar adequadamente a seu patrocinador, mesmo que isto signifique dizer algumas verdades que ele não quer ouvir.  Esta é a sua responsabilidade perante a empresa, os stakeholders e sua própria carreira.  A oportunidade deve ser real, não imaginária, e os resultados devem ser concretos, não um sonho.

O ideal é quando a empresa é bem estruturada e possui métricas adequadas e uma boa organização financeira.  Nestas situações, fica mais fácil associar projetos a melhorias, e retorno a investimentos.  Uma métrica fora do planejado costuma ser uma boa oportunidade para bons projetos.

Ainda assim, nem sempre o Gerente conseguirá dados concretos para justificar um projeto.  Isto não quer dizer que o projeto não deva ser feito, mas gera um esforço adicional em tentar objetivar o subjetivo… ou seja, mostrar quais resultados concretos podem ser objetivos através do projeto.

Fazer a lição de casa antes de começar a queimar dinheiro beneficia a todos… mesmo que em um primeiro instante todos queiram ir na onda do sonho.

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